Amor a cão....
Ontem o marido foi ao veterinário buscar umas coisas.
- Então? Quando é que arranjam um novo cão?
- Não... Tão depressa não....
- Nós também dizíamos a mesma coisa (O Dr. Roberto teve de pôr a dormir o próprio cão no dia de Natal), até aparecerem estas (ele tem duas cadelas grandes, enormes, uma Rafeira Alentejana e outra Galga, lindas de morrer! Meiguinhas, uns doces!!!!). Vocês só dizem isso até aparecer alguma desgraça....
Ontem fez dois meses que o meu cachorro nos deixou. A questão é que tenho imensa saudades do meu cão. Do seu pelo, do seu cheiro. Sinto falta daquele olhar, do seu olhar. E neste momento nenhum cão me enche as medidas. Só olho para os grandes. Faço montes de festas ao cão do vizinho que é um Pastor Alemão, afago o "Amigo" Labrador do fundo da rua carinhosamente. Mas falta-me aquele toque. Aquele arfar. Um cão preto põe-me invariavelmente os olhos rasos de água e as saudades apertam-me o coração. Ter um cão é a coisa melhor do mundo. Um cão é um ser muito especial que se identifica e completa connosco. É mais do que um animal de estimação, mais do que um amigo próximo ou especial, mais do que um elemento da família. Com um cão não há fingimentos. O laço que se cria entre ele e os seus donos é invisível mas forte como aço. Não há maior ternura do que aquela que vemos nos olhos do nosso cão quando o acariciamos. Amar um cão é algo que nos permitimos ou não fazer, e quando o fazemos perde-los é uma coisa terrível, uma dor muito profunda. Ainda estou de luto. Ainda sinto falta. Ainda choro por ele. Ainda não sou capaz de o substituir... ainda não! E ainda não lavei a capa da chuva.... não sou capaz!