Passaram tão depressa!
No teu nono aniversário quero falar-te não do que senti não quando nasceste, porque esse é o momento de que todas as mães falam e quanto a mim não há palavras que o descrevam, mas do que senti quanto te trouxe para casa.
Eras grande, foste um bebé macro, mas apesar do teu tamanho eras muito frágil. Nasceste na Semana Santa, com o sol como alguém me tinha previsto anteriormente. No dia anterior tinha chovido mas tu trouxeste contigo o sol, esse sol que ainda hoje brilha nos teus olhos, no teu sorriso, no teu cabelo alourado. Viemos para casa na Sexta-feira Santa. Eu, que redescobria a minha fé nessa altura, achei que era um bom presságio, mas ainda assim saí da maternidade com o coração muito apertadinho. Ao longo de 9 meses tinha-te carregado na minha barriga, tinha-te defendido como uma leoa, embora ainda não o soubesse tinha-me ligado a ti como nunca tinha pensado. Eras minha. Eras o projecto de vida que eu nunca tinha planeado mas que eu abracei com todo o coração assim que soube que vinhas lá. E de repente tinhas nascido, estavas ali, nos meus braços, eras linda e frágil e precisavas de mim. Acho que só aí é que tomei consciência da nova realidade: "sou mãe". E a mistura de sentimentos que me bailavam na alma é algo que uma mulher só entende quando também ela se torna mãe. Um misto de amor e medo, um receio enorme de falhar como mãe, mas uma certeza quase absurda de que vamos conseguir, que vai tudo correr bem, por ti tudo, por mim nada, sempre foi assim desde que me soube grávida. E tem sido assim ao longo destes 9 anos. Tenho-te educado o melhor que sei. Hoje tenho uma menina cheia de personalidade, muito decidida e muito bem formada. Que sabe estar, que sabe o que quer e o que não quer. Que não tem receio de afirmar a sua posição porque "é assim que é justo", dizes tu.
És o meu orgulho, meu amor!
Que Deus te proteja sempre!
Parabéns filhota!
(Imagem daqui)