Mar de rosas?
Ser mãe não é sempre um mar de rosas. Por muito desenrascadas que sejamos, nós mães, somos sempre em alguma altura confrontadas com uma ou outra situação a que não sabemos reagir... Ontem a minha petiz chegou a casa triste. O dia tinha-lhe corrido mal. Quis ter a melhor nota no teste de matemática para conseguir ganhar um livro de exercícios do Sporting (sim a miúda tem sangue verde) que a professora ia oferecer ao aluno que tivesse a nota mais alta. Teve Bom, e o livro foi logo para a melhor amiga, a Margarida, que não só ficou com o livro como se recusou a emprestar-lho para o pai fotocopiar com um arrogante "Não me parece que seja boa ideia...". A minha filha não gosta de perder nem a feijões. Estudou muito e ficou frustrada com a nota que teve. Acreditem que não a instigo a ser assim, é dela esta característica de querer ser sempre a melhor em tudo. Para além disso anda aborrecida com a mesma amiguinha, parece que o duo foi enriquecido com mais uma menina e as brincadeiras das três deixaram de lhe agradar (ciúmes talvez...). A Rita tem uma maneira muito adulta de resolver os seus problemas, quis falar com a Margarida, não conseguiu porque a outra não lhe ligou nenhuma: mais uma coisa a frustra-la. Tudo junto resultou numa grande choradeira. E eu, como mãe, com o coração apertadinho, orgulhosa por ela desabafar comigo, mas triste por não ter uma solução mágica... Hoje a Rita acordou e depois de pôr na mochila um jogo de Dominó, disse-me que ia tentar mais uma vez resolver as quezílias com a Margarida, se não conseguisse ia brincar com o Afonso, ou mesmo sozinha...
Os problemas dos nossos rebentos, ao lado dos nossos problemas são grãozinhos de areia num mar de rosas, há que deixa-los crescer e ensina-los a lidar com as amarguras da vida... mas custa! Ó se custa! Mãe galinha sofre....