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Sou Mais Eu...

Sou Mais Eu...

30.12.09

Novo post...

soumaiseu

... apenas para dizer que este ano inovámos. No dia 25 fomos a casa da Tia Nocas, do Tio Sérgio e do Pedrocas! Foi bom! Foi a primeira vez que nos juntamos todos nesta época. É muito bom passar o dia 25 com gente que temos sempre junto ao nosso coração. Mais do que amigos a família do Pedrocas já é também a nossa família. A Ritinha e o Pedrocas adoraram, brincaram um bom bocado e mataram saudades um do outro. Eu trouxe um saco cheio de livros da Nocas para ler! Ena! Ena! Que saudades que eu tinha de um bom calhamaço! Obrigada, Noquitas! E tive de me vir embora porque a minha Rita, cansada da noite anterior e da brincadeira com o seu grande amigo, aterrou num sono profundo ao meu colo! Para o ano temos de repetir! Mas dessa vez vêm vocês cá a casa! Combinado?

30.12.09

Já passou...

soumaiseu

 

 

A correr este Natal... Foi-se embora tão depressa quanto chegou! Para trás ficaram os papés rasgados dos  presentes, os laços amarrotados, a casa desarrumada, e a nostalgia de algo que vai demorar um ano a regressar... Mas deixem-me contar-vos como foi.

Tivemos uma Natal que na nossa casa já começa a ser tradicional... fizemos a Ceia de Natal cá em casa com os meus pais. Mais tarde, perto da meia noite chegou o meu sogro e a sua namorada. Não houve muitas prendas, apenas as necessárias para mimarmos cada membro da familia. Mas o melhor presente foi ver a cara da minha Rita quando o Pai Natal bateu à porta do quintal... À meia-noite disse-lhe que estava alguém a bater na porta. Ela esperava desde a semana anterior pelo Pai Natal, tinha-o encontrado no Continente de Loures e ele tinha-lhe dito que se se portasse bem iria lá a casa na noite em que nasce o Menino Jesus... até lhe levou as prendas enquanto ela dormia no carro e tudo! A Rita foi comigo à porta. Quando a abrimos a sua carita era um misto de satisfação e espanto! A miúda não sabia bem o que fazer...

- Posso entrar? - perguntou o Pai Natal.

- Chim... - disse timidamente e muito baixinho.

- Estás boa? Lembras-te de mim? Eu disse que vinha cá se te portasses bem! Tens árvore de Natal? Onde está?

E foi aqui que a vergonha e o espanto da Rita se converteram em pura alegria. "Anda! Anda!" gritava ela enquanto corria pela casa fora em direcção à nossa sala...

Ajudou a distribuir os presentes e abriu um a um dos seus embrulhos, e quando chegou a hora do Pai Natal se ir embora deu-lhe um beijo na testa (por causa das barbas) e um abraço e disse-lhe "Xau!" Nem deu pela falta do pai. Quando ele regressou à sala a Rita foi ter com ele para lhe mostrar as prendas, agarrou-lhe na mão:

- O Pai Itai touxe pendas à Ita! Tinha sanaias com um cão... (= o Pai Natal trouxe prendas à Rita, tinha umas sandálias com um cão).

Este último comentário refere-se a uns chinelos que o pai usa e que tem um cão peludo bordado no peito do pé... Pois é! Os miúdos e os pormenores são terriveis... e só tem 32 meses! Seja como fôr acho que ela acreditou mesmo na visita do Pai Natal, apesar da maldade da namorada do meu sogro que insistia em dizer que o Pai Natal não existe e que já não se usa enganar as crianças!

Não quero saber! Eu gosto de fomentar a imaginação da minha Rita. Eu própria acreditei até muito tarde no Pai Natal. Quando descobri que afinal as prendas eram compradas pelos meus pais fiquei desiludida... mas depois percebi que não fazia mal, porque o verdadadeito Pai Natal estava dentro de cada um de nós... e é isto que eu espero que aconteça com a minha menina. Vai haver um dia em que ela me vai dizer "Oh, mãe! Tem dó! Qual Pai Natal qual quê!" Mas até lá espero que ela já tenha percebido que todos nós temos dentro de nós um grande Pai Natal, que nos leva a oferecer prendas e a fazer os outros felizes... porque o Natal é acima de tudo uma época de amor, em que se celebra o nascimento do Menino Jesus... e este é que é o verdadeiro espírito natalício!

 

 

18.12.09

Saudades!

soumaiseu

 

 

 

 

 

 

Este ano ainda não tinha escrito nada sobre a minha Avó! A falta de tempo é terrivel! Mas ainda sem muito tempo como é habitual a minha Avó Teresa tem vindo muitas vezes ao meu pensamento. Nesta época do ano é quando me lembro mais dela. Lembrei-me de um presente de Natal que recebi dela e que nunca mais esqueci: umas luvas amarelo torrado que ela muito pacientemente me tinha tricotado. Eram especiais porque a minha Avó começou a perder a visão muito cedo. Teimosa como era nunca quis ir ao médico porque achava que os médicos também morriam por não se conseguirem curar a sim mesmos, por isso ninguém a conseguia arrastar a um consultório. Já era crescidinha e sabia perfeitamente o esforço que ela tinha feito para me tricotar aquelas luvas. Quando as experimentei estavam-me pequenas. Eu disse-lhe que estavam boas, que gostava delas assim, que aqueciam melhor as mãos... Lembro-me do seu sorriso como se fosse hoje. Sabia que eu a estava a enganar, mas quis ser minha cúmplice... Que saudades do teu cheiro, Avó! A cabras e a campo! Na nossa Noite de Natal há sempre um momento em que o tempo pára... invade-nos a saudade e a  nostalgia... pelo rosto da minha mãe rola uma lágrima... e os meus olhos ficam rasos de água! Quem me dera que ainda estivesses connosco!

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