(Imagem retirada daqui)
Numa das muitas séries que devoro vi uma cena que acordou em mim aquele momento em que nos nasce um filho. Pelos olhos da personagem vi-me a mim, mulher, mãe, prenhe de laços eternos, com aquele vulto nos braços, quente, cheiroso. Senti-te o peso, não só físico, mas acima de tudo psicológico. Parte de mim, minha responsabilidade. Tão doce, tão quente, tão cheirosa, tão viva... mas tão pesada. E o pânico a tomar conta de mim, e a pergunta que me bailava no entendimento "E agora meu Deus, que fui eu fazer? Serei capaz?". Foi nos teus olhos que encontrei a paz que precisava para continuar a dar passos em falso. Nesses olhos profundos, brilhantes e já tão curiosos e cheios de vida. Eras minha e eu já era tua muito antes de o ter percebido. Elo nu e singelo num mundo de emoções que só existem entre mãe e filha. E assim me fiz mãe. Até à eternidade. Porque se um dia te perder vou contigo...