Chegou aos meus...
(Imagem retirada daqui)
Ontem alguém dizia na televisão que enquanto os mortos não ganhassem um nome, enquanto não fossem os nossos conhecidos e familiares a sofrer os efeitos da pandemia, iríamos continuar na negação do vírus. E ontem os números dos doentes internados ganharam mais um nome: T, a minha prima, madrinha da minha filha, está internada no Hospital de Castelo Branco. A dificuldade em respirar e o cansaço constante ditou que ficasse internada para tentarem perceber o que é que se passa. Em casa, sozinho, também positivo ainda que aparentemente quase sem sintomas, fica o meu afilhado de 16 anos. Vale-lhe o apoio de uma vizinha e da mãe de uma amiga, porque os avós maternos também estão positivos, o pai enfim, e a restante família está longe. Não sei o que será pior, Covid ou solidão...