Diário de um Confinamento, dia 4 a 9
(Imagem retirada daqui)
Meteu-se o fim de semana e a coisa complica-se. Voltámos a recordar o quanto foi complicado ter aulas on-line da primeira vez que as escolas fecharam. Tempo de aulas reduzido para 50%, trabalhos de casa reforçados, estudo assíncrono e autónomo a todo o gás. Pai, preciso de ajuda com o trabalho de geografia. Mãe, ajudas-me com o francês e já fiz os trabalhos de inglês, pode vir ver se estão bem? E a roda viva retorna em torno de um eixo que parece não ser só nosso. Cá estamos. Bem de saúde, mas com o coração apertado por sabermos entretanto que um dos nossos amigos testou positivo, que a Madrinha da petiz, minha prima, também o está, e que o mais provável é que o afilhado também esteja contaminado, bem como o meu Padrinho, seu avô. Fazemos a nossa parte. Cumprimos o isolamento ao máximo. As miúdas não saem do quarto sem máscara, o marido está em tele-trabalho, nós apenas fomos às compras porque teve mesmo de ser e tudo o resto se suspende temporariamente porque não é estritamente necessário. Continuamos a aguardar o contacto do Delegado de Saúde ou qualquer outro ser iluminado. Enquanto isso o número de mortes aumenta, o número de novos casos dispara... E depois ainda há gentinha que me vem dizer que a Gripe Espanhola matou muito mais gente, e que as máscaras não servem de nada... Uma paulada bem assente naquele focinho para ver se passam a ver com mais clareza! Palhaços de me...da!