E assim começa a nossa semana: a Rita está em casa com frio, dor de garganta e febres malucas. Já a levei ao médico, o Sr. Dr. diz que tem a garganta e um ouvido inflamado. Está a antibiótico e só pode voltar à escola quando a febre ceder... Entretanto tenho uma miúda a reclamar que está a perder matéria e que quando regressar não vai perceber nada! Haja paciência! 

 Tem vindo cada vez a comer menos, não que fosse uma comilona, mas do pouco que comia agora ainda come menos. Este fim de semana piorou consideravelmente. Levei-ao ao veterinário. Os rins estão a falhar, o médico desconfia que ela tenha comido uma planta qualquer venenosa aqui no quintal e isto numa gata que tem cálculos renais pode ser muito grave... Está medicada e numa corrida contra o tempo... a ver vamos. A Tucha é uma lutadora. Espero que vença mais esta batalha... Coragem e força precisa-se. Muita...

A Rita tem estado com febre... acorda-me de noite porque tem sede:

- Mamã! Aia!

E eu levanto-me e vou às escuras até à cozinha, aos zigue-zagues pelo corredor, buscar um copo cheio de água fresquinha...

- Tanta aia!

- Sim! É um copo cheio!

..........

- Queres mais, amor?

- Não!

Arrumo o copo na mesinha de cabeceira e deito-me ao seu lado, à espera que o soninho venha. É então que a Rita me põe a mão na minha cara, faz-me festinhas com a sua mãozinha tão pequena, quente e macia, sorri e diz-me:

- Mamã?! Ti! (Mamã, gosto de ti!)

E então, todo o meu sono desaparece, todo o meu cansaço se esfuma no ar denso da noite. E todo o meu coração se enche orgulho!

E não preciso de mais nada...