Sabemos o que é. Todos nós já ouvimos falar disto. E quando acontece connosco? Quando é com os nossos filhos?
A Rita tem um amigo desde o 1º ciclo, o H. Este ano estão na mesma escola mas em turmas diferentes. Na escola cumprimentam-se fugazmente. Em casa usam o Whatsapp para falarem em grupo ou individualmente. A minha filha não é uma miúda que caia logo na graça dos colegas. Tem uma personalidade forte. Quando não gosta, não gosta e di-lo. Quando vê alguém ter uma atitude mais incorreta não consegue ficar calada. Quando tem de apontar o dedo estica-o sem qualquer receio. Ora isto não gera amigos facilmente, principalmente numa idade em que ainda não sabemos bem o que é isso da amizade. A Rita é portanto alguém de quem se gosta muito ou não gosta nada e isto pode mudar só porque sim. Posto isto é frequente haver colegas do primeiro ciclo a embirrar com ela. Sempre via Whatsapp porque nestas idades a cobardia é sua aliada e é no Whatsapp que surge a coragem para massacrar ou espezinhar os outros. Na net tem-se muita força. Agem em grupo e juntos chamam porca, badalhoca e anti social à Ana Rita só porque é giro vê-la ficar irritada e magoada com isso. E por detrás, fazendo parte deste grupo está o tal H. de que vos falava. Calado. Sem verbalizar uma só palavra, mas divertindo-se com a situação na surra. Por causa deste incidente proibi a Rita de fazer parte de grupos onde estivessem certos colegas e ela tem cumprido. Acontece que os antigos colegas estão sempre a criar grupos e a adiciona-la como membro. E a Rita sai. E algum deles a volta a colocar. E a Rita volta a sair. Bom, ontem o H. atacou-a em privado. Chamou lixo à minha filha. Disse-lhe que ela só queria estar nos grupos dela e com os amigos novos dela, uns "merdas", e que ela se estava a "f...der" para os antigos colegas. Ela defendeu-se argumentando que não era obrigada e fazer parte dos grupos deles nem estava para aturar faltas de educação. Voltou a chamar-lhe lixo. Sempre em privado como se quer. Sugerimos-lhe que fizesse um print da conversa e o mandasse para a mãe dele mas em nome dela... E ela assim fez. Resultado: o menino rebelde ficou de castigo, sem acesso a estas tecnologias, e hoje de manhã foi pedir desculpa à minha filha:
- Ana, desculpa por aquilo de ontem...
- Queres pedir desculpa? Achas que aquilo é maneira de falar comigo?
- Acho.
- Então não desculpo.
E é com respostas destas que eu sei e tenho a certeza que estou a fazer um bom trabalho com esta miúda. Independentemente de todas as quezílias que possam surgir enquanto ela reagir assim está no bom caminho. Quando se está protegido pela net e escondido através de uma qualquer rede social é muito fácil atacar assim os colegas. Para nós pais é preciso atenção redobrada para que este tipo de abuso não ocorra e não prolifere. Mas quando estes miúdos acham correto aquilo que fazem e não vêm mal algum em maltratar os outros desta forma maliciosa algo está mal, muito mal. Pergunto-me que geração será esta. Onde estão os valores que nos tornam humanos e civilizados? O que é que se passa com estes miúdos? Preocupa-me, a sério que me preocupa. Se aos dez anos não são capazes de pedir desculpa com sinceridade que adultos sairão dali?
... que estuda com a petiz. Faço questão de o fazer porque acho que nesta altura é importante ajuda-la a estudar, para que aprenda a fazê-lo comigo e para que ganhe autonomia para estudar sozinha daqui a uns anos. Tem-me dito que não o devia fazer, que a estou a prejudicar, que ela deveria começar a desenvencilhar-se sozinha... e a cara que eu faço é esta: ... Se eu tivesse tido este tipo de apoio em casa quando tinha a idade dela se calhar não tinha chumbado três anos conforme chumbei.... Funciono por instinto e confio nele. Por enquanto é assim que fazemos. Um dia virá em que a deixarei mergulhar no estudo sozinha e sem rede. Até lá... vozes de burro não chegam ao céu!
Andei longe de tudo e de todos. Afastei-me. Todos nós lidamos com os problemas de forma diferente. Eu afasto-me. Escondo-me como um animal ferido. Estes últimos meses foram desgastantes. Quase me perdi. Recuperei 4 quilos da minha dieta. Entrei em guerras frias familiares. Andei por baixo, muitas vezes no fundo do poço. Sem vontade de vir à tona. Triste, chorona e pensativa. Questionei tudo e todos. Questionei os meus amigos e a refiz as minhas amizades. Quando estamos na fossa é incrível ver a quantidade de pessoas que se mantém ao nosso lado: parecem ratos a fugir de uma enxurrada. Questionei o meu casamento, de uma forma como nunca o tinha feito. Entrei em modo de ressentimento e deixei-o envenenar-me o coração. Estive a um passo de... Valeu-me a Carla e as suas questões certeiras no momento certo. Até que acordei e pensei que raio estou eu a fazer comigo? Ter uma pessoa demente em casa dá cabo de nós. É preciso força constante para nos mantermos à tona. Capacidade de resistência e até mesmo abstração. Ninguém tem ideia de como é esgotante e stressante até ter essa situação entre mãos. O casal tem de remar para o mesmo lado, e acreditem que as correntes são muitas, quando damos pela conta já estamos de costas voltadas e cada um a remar por si. Difícil. Esgotante. Cansativo. Mais: exaustivo. Refiz as minhas prioridades levantei-me e estou de volta. Hoje, passados tantos meses sem vir ao e-mail abro-o para encontrar comentários da Ana: "Tenho saudades de te ler..." E nesse instante tive vontade de voltar ao blog. Porque há gente que mesmo virtualmente, sem nunca nos terem visto nem mais magros nem mais gordos, se mantém connosco. Que se mantém presentes e ao nosso lado. Que de alguma forma se preocupam connosco e sentem a nossa falta. E esses são os que fazem justiça à palavra amizade... Amigos virtuais e tão improváveis....
Get ready: I´m back!
Todos esperam que eu pife. Que entre em modo de depressão. Todos me perguntam como consigo, como me aguento. Rotulam-me de mulher forte, resistente, rija. Sabem lá alguma coisa sobre mim! Sabem lá o esforço que faço para todos os dias fazer mais um dia. Estou a começar a ceder ao cansaço. Durmo mal e as horas que durmo não são reparadoras. Irrita-me acordar a meio da noite e não conseguir dormir, mesmo que o Explorador nada tenha a ver com isso. Não tenho paciência para arrumar a casa. Estou farta de passar os meus dias a limpar e a arrumar aquilo que os outros sujam e deixam desarrumado. Não tenho paciência para convívios sociais. Até o Rancho passou a ser um frete. Olho para a minha vida e não a reconheço. Não foi este o modo de viver que eu construi para mim. Não foi esta a forma de estar na vida que eu idealizei. Não reconheço o meu marido, não me reconheço a mim. O que é que eu faço por mim? Nada... O que faço pelos outros? Tenho mesmo de responder? O que é que os outros fazem por mim? Pois é... As minhas únicas alegrias são a minha filha, a cadela e as gatas... Ando em piloto automático. Alguns dir-me-ão que estou a precisar de férias. A esses eu respondo que não gozem comigo. Outros vão-me dizer que bem me avisaram e que eu estou finalmente a ceder. E eu respondo-lhes "Queriam! Essa alegria não vos dou eu!". E os que me conhecem bem entendem que estou sim a passar por mais uma fase negra, mais um daqueles períodos em que tudo perde o brilho. Esses sabem que ao fundo do túnel há forçosamente uma luz à minha espera, e que por muito que eu de vez e quando me deixe ficar na escuridão há um dia em que me farto e saio de cabeça erguida. Às vezes demora mais outras menos... o que me preocupa é o desgaste que fica com o meu rasto...
... está a espigar! Os 10 anos de idade trouxeram-lhe um corpo mais esguio, cada vez menos acriançado e cada vez mais adolescente. Está a crescer debaixo do meu nariz, a malandra! E eu estou novamente presa naquele ter de abrir a mão querendo mantê-la fechada... Ai Jesus!
... meu último post pensei em não fazer nada. Muito sinceramente. Mas não seria correto da minha parte para com vocês, que mesmo não me conhecendo de lado nenhum me estendem a mão e me dão o vosso carinho. E é por isso que aqui estou, não para "rebentar" convosco mas para me explicar. Há momentos da nossa vida em que questionamos tudo. E quanto mais questionamos menos resposta encontramos e mais escuro o túnel se torna. Normalmente é aí que chego ao meu ponto de rotura e que me sinto só. No entanto considero que preciso dessa "solidão" para poder dar a volta para trás. Porque há sempre alguém a quem nos podemos agarrar e no meu caso é a minha filha. A minha vida nos últimos meses não é fácil. Queixei-me tanto por ter os meus pais cá em casa um ano e meio que fui castigada: pela porta entrou-me uma situação bem pior, bem mais difícil de lidar e gerir. Onde tudo me irrita e a demência não me parece ser motivo mais que suficiente para as coisas que vejo fazer à minha volta. Sendo a arrogância e a prepotência o defeito do ser humano que mais me custa suportar, o sogro, que reúne com mestria estes dois atributos, está-se a tornar aos meus olhos num ser muito pouco agradável e difícil de suportar. Não agradece nada do que fazemos por ele, comporta-se como se estive-se "em casa", na sua casa. Está ordinário. Os palavrões não me ofendem a beleza, mas quando são usados constantemente começam a irritar-me, até porque tenho em casa uma criança que não gosto de expor constantemente a este tipo de linguarejar. E a condescendência do filho... isso então ! Quanto me irrita meu Deus! Acata impávido e sereno quase tudo o que o pai diz, faz e quer. E isso tira-me do sério. Não pretendo que ande sempre a discutir com ele, mas considero que regras são fundamentais. Uma reprimenda na hora dos palavrões não lhe faz grande mossa, provavelmente não tem sequer qualquer efeito mas pelo menos não pactuamos com o seu comportamento. É como ter uma erva daninha num vaso. Pode até ter uma bela folhagem, mas se não a podarmos quando dermos pela conta ela já tomou conta do vaso inteiro enquanto abafa calmamente todas as outras plantas. É isto. Só isto...
(Foto retirada do facebook)
De tempo para mim. Para a minha filha. Com o sogro cá em casa resta-me muito pouco tempo. Os meus dias são passados em cuidados constantes: cozinha, dá de comer, dá medicamentos, dá lanches, limpa, muda de roupa, lava roupa, limpa a casa, muda camas... Não é fácil a minha vida! Levo com os achaques do sogro, com os dos meus pais que "vivem" cá enfiados, com os comentários tristes de quem me diz "Ah, mas ele está muito bem! Estás a fazer um bom trabalho com ele..." e ficam a olhar para mim quase que à espera de um "Obrigada". Berdamerda! Preferia que me perguntassem como EU estou, se EU consigo dar conta do recado, se EU estou bem, como anda a MINHA cabeça... Claro que o o sogro está bem tratado, quem me conhece sabe de antemão que jamais eu seria capaz de o maltratar ou de o tratar menos bem. Mas custa. Custa ouvir as censuras dos outros. O insinuar que ele não é assim tão demente. Que estamos a exagerar. Que somos maus e insensíveis quando contamos as expedições que ele faz à casa aramado em Indiana Jones... Olham para nós como se fossemos uns queixinhas intriguistas. Deixei de contar, deixei de desabafar. "Está tudo bem?", "Está tudo óptimo...", "O teu sogro como está?", "Está porreiro...". Não sabem o que é viver numa casa que é nossa mas onde temos de esconder as chaves da porta para prevenir fugas, onde os móveis que tem essa possibilidade estão também eles fechados à chave, o ouro está trancado num cofre, o dinheiro que guardamos em casa, essencialmente dinheiro que dão à Rita, está escondido na prateleira mais alta do roupeiro mesmo lá atrás... Tudo porque o Indiana Jones nas suas expedições considera muitas vezes as nossas coisas como "porcaria" e tenta livrar-se delas... Tenho dito muita vez que bastava uma semana com ele para terem noção do que é viver numa prisão. Quem não sabe é como quem não vê... infelizmente! E nestas situações torna-se tão fácil apontar o dedo aos outros...
Gente que se considera muito ocupada e por isso empurra com a barriga, que é incapaz de pedir ajuda e ainda assim espera que os outros façam só porque sim... E depois quando fazemos afinal está tudo mal, e não era nada assim que queriam as coisas feitas! Ai que raiva! E olhem que eu sou das primeiras a fazer, se é preciso ajudar eu ajudo, mesmo que não mo digam directamente! Mas que fique registado, a partir de hoje não faço mais nada! Que se f...m todos! Não quero saber! Façam-no eles! Não estão a perceber nada, pois não? Peço desculpa mas... é mesmo assim! Não posso dizer muito mais....
"A neta fez a Primeira Comunhão. Quero pôr uma foto numa moldura. Ok. Escolho uma em que está a menina e a minha afilhada, madrinha da menina..." Uma mãe normal teria escolhido uma foto da petiz com os pais, ou pelo menos comigo, que sou sua filha, mas eu não tenho uma mãe normal! Aliás, às vezes pergunto-me se alguma vez a tive... Não são ciúmes, nem consigo ficar zangada com a minha prima por ela ser objecto de tal veneração... é desgosto, é ressentimento, é mágoa, é azedume para com a mãe, é o não perceber porquê... Fico "pesada com maus sentires", isso sim, porque gostava que o tempo, esse maroto, à medida que passa fosse capaz de me curar certas feridas... mas ele teima em me deixar cada vez mais claros os meus horizontes! Grande malandro!
Há muito tempo que não o fazia. Este fim de semana acusaram-me de ser ríspida (sim, Madame, foste tu!). Não sou! Mas ando rabugenta! O marido diz que são falta de férias. Eu digo que tenho 44 anos e perdi a pachorra para certas e determinadas coisas e situações. Não sei quanto a vós, quarentonas que por aí andam e me lêem, mas eu assumo: não engulo sapos. Se tenho para dizer digo, se não gostam temos pena... era melhor terem tapado os ouvidos. Sei que isto me pode tornar numa pessoa estranha, impossível e até difícil de aturar, mas acredito que quem me conhece a fundo me sabe dar o valor e não se assusta com esta minha "resmunguice". A minha vida não é fácil, o meu caminho não é um mar de rosas... e se querem que vos diga prefiro assim. Aprecio mais uma rosa com espinhos do que uma "tratada" especialmente para não nos ferir. Sou assim. Cada vez estou pior. Ou melhor. Depende da vossa bitola. Não tenho medo de perder amigos porque acredito piamente que só resistem aqueles que realmente merecem o estatuto de bons amigos. É verdade que tenho saudades de alguns que ficaram pelo caminho, mas considero que se foram é porque não estavam no meu caminho. Rispidez, excesso de confiança, mau feitio, intolerância, arrogância, má língua, crítica... serei aquilo que vocês quiserem, mas acima tudo continuarei a ser eu! Só eu e mais ninguém!
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