Post sem titulo porque não sei o que lhe hei-de chamar....
Tenho andado numa fase de consolidação de certezas. Chego aos meus 42 anos com uma série de certezas que preferia nunca ter apurado... sinceramente, acredito que há coisas que é preferível não sabermos, porque a verdade por vezes magoa mais do que a incerteza, e reparem que digo incerteza e não mentira. Estou certa de que nunca fui uma filha desejada. Que nunca fui amada como uma criança dever ser. Nunca me foi dado um abraço desinteressado e quando existiam havia sempre algo para fazer de moeda de troca. Não sou especial, não sou querida, sou vista como a criada que sempre quiseram ter, a que lava, a que passa, a que limpa, a que cuida, o suporte quando os outros atingissem a velhice!. Não sirvo para mais nada! Sou acusada de ser fria e distante porque não consigo dar carinho a quem nada me dá em troca. Podia virar a mesa, ser mais eu, mas desta vez se o fizesse estaria a ir contra os meus princípios, e os meus princípios são algo que jurei que nunca perder. Ando triste, desanimada. Não à beira do abismo porque não me permito chegar lá. Decepção é a palavra com que convivo ultimamente. Dia após dia. Sinto-me mais do que triste, decepcionada, por tudo aquilo a que tinha direito e que nunca tive na verdade! Farta dos sarilhos dos outros, do egoísmo dos outros, das dores dos outros. E eu? Eu valho muito! Os outros é que não me dão o devido valor!