Mães que matam...
Nos últimos dias tem-se falado muito deste género de mães. A mim faz-me imensa confusão e considero que qualquer que seja a pena para estes seres retorcidos será sempre pequeno o castigo. Nenhuma mulher é obrigada a ter filhos. Hoje em dia só os tem quem quer. Um mulher não é menos do que as outras só porque decide não usar o seu útero. E nem todas as mulheres se tornam automaticamente mães quando seguram os filhos nos braços pela primeira vez. Estes seres retorcidos que matam os filhos nunca sentiram correr nas veias o calor do sangue das crianças. Nunca sentiram o coração partido com uma febre estúpida que não baixa ou uma simples tosse noturna que não nos deixa dormir. Nunca se sentiram verdadeiramente destroçadas porque a criança se recusa a comer... Nunca souberam amar. Uma mãe que ama o seu filho jamais consegue sequer considerar a ideia de o levar consigo para debaixo da terra. Porque o sofrimento deles é o nosso sofrimento. O que é natural é querer o bem estar dos nossos filhos mesmo que nós não o possamos ter. Uma verdadeira mãe despe o casaco para agasalhar o seu rebento mesmo que sinta as entranhas a congelar. Dá-lhe o melhor pedaço de comida ou o último da mesa mesmo ficando com o estômago a arder de fraqueza. Uma verdadeira mãe sai de casa para comprar algo para si e regressa com algo para a criança. Ser mãe, quanto a mim, aprende-se, mas acima de tudo, é algo que se sente. Ou temos ou não temos. A estas mães que matam falta-lhes tudo... desgraçada da criança que nascer de um ventre destes.