Coisas minhas.
O vegetarianismo interessa-me. Sempre me interessou. Nos meus tempos de faculdade adorava ir almoçar à cantina para comer uma refeição macrobiótica. Se calhar a macrobiótica não tem nada a ver com o vegetarianismo mas a mim parece-me tudo muito igual (tenho de ir pesquisar na net). Gosto de legumes, de tofus e afins. Todas essas coisas me agradam. E sei que o consumo de animais tem as suas consequências não só a nível ambiental mas também na nossa própria saúde. Cá em casa come-se carne a mais. Todos gostamos e abusamos. Frango então nem se fala, e por isso dei comigo a pensar na quantidade de aves que morrem só para alimentar o nosso apetite voraz. Devia tornar-me vegetariana, pensei. Liga-me o marido (timing certo para eu o aborrecer com as minhas questões existenciais). Conto-lhe. Resposta: "Então já posso ir ver os jogos do Sporting sem me chateares?"... É mau! Muito mau! Eu explico-vos: quando ele vai ver o Sporting eu peço-lhe quase sempre para me trazer uma sandes de courato... Ninguém merece! Eu a tentar ter uma atitude nobre e ele aplica-me um golpe baixo! Verdade será que manter o vegetarianismo em terras de Cinfães é muito complicado quando nos põem na mesa pratos como cabrito e borrego assado em forno de lenha, painças, papas de sarrabulho, rojões, arroz de salpicão e moira, presunto... Será que posso ser uma vegetariana sazonal? Pois... também me parece que não....