As minhas teorias...
Quando somos jovens é fácil acreditar no amor materno (no normal, não naquelas aberrações que tanto se ouvem por aí agora). Se apenas conhecemos aquela forma de amor, cremos nela... até ao dia em que nós próprias nos tornamos mães. E aí passamos a ter a nossa própria medida... Hoje sei, agora que também eu sou mãe, que nunca fui amada como deveria ter sido. Para mim Deus reservou um amor egoísta, egocêntrico, invejoso... Não se pode amar um filho quando pomos o nosso bem estar acima do dele, não se ama um filho quando a melhor fruta é para nós, quando achamos que os nossos filhos tem obrigação de nos servir incondicionalmente... quando achamos que apenas os velhos precisam de ser respeitados, quando queremos para nós um carinho egoísta que não somos capazes de retribuir em circunstância alguma. Não! Isto não é gostar de um filho! Hoje eu sou mãe! Hoje tenho uma filha! Hoje eu sei que nada se sobrepõe à minha filha, nem eu nem ninguém... Se dói esta forma de desprezo? Já não... resta-me apenas a mágoa. Nada mais... o resto é pura obrigação e dever.