Quando elas vem de onde menos se esperam...
...dói! Mas dói mesmo! A palavra amizade para mim tem muito que se lhe diga. Conheço muita gente de quem gosto muito, por quem me afeiçoei por este ou por aquele motivo e que fazem parte do meu circulo de convivência, mas amigos, amigos a sério daqueles que tem sempre um lugar cativo no nosso coração são poucos, muito poucos. Se calhar o problema é meu, ninguém me manda colocar a fasquia da amizade num patamar tão elevado, mas se não for alto não me serve. Já perdi a conta aos pontapés que levei de biqueiras "amigas"... sempre com a mesma sensação de desalento e decepção... Dizia o Quintino Aires no outro dia na TV qualquer coisa sobre só haver amizade quando há discussão, que é necessário haver arrufos para que a amizade se cimente... pois bem, eu discordo! Não sou psicóloga, mas no meu mundo não existe espaço para arrufos de amigos. Quando se é amigo de verdade, não se julga, não se critica, não se aponta o dedo, não se discute, conversa-se civilizadamente e com tacto sobre qualquer que seja a questão. Alguns acham que o estatuto de "Amigo" lhes dá carta branca para dizerem o que lhes vem à cabeça, sem tacto, sem diplomacia, sem paninhos quentes! Errado! Um amigo também tem sentimentos, não se espera do outro uma chapadona de luva branca, espera-se sim, compreensão, um dar as mãos enquanto se diz "Anda cá, vamos conversar"... É por isso que dói tanto quanto as chapadas vem de onde menos se espera... Amigos? Eu? Tenho poucos... muito poucos! Quanto menor o numero de amigos, menor o numero de pessoas que me podem desiludir....