Não estou a gostar...
Sempre tive uma Madrinha ausente, que raramente se lembrava de mim, nem nas alturas em que era suposto, tipo Páscoas, Natais e no meu aniversário... Foram poucos os postais de aniversário que recebi, e os que chegaram lembro-me deles até hoje como verdadeiros tesouros que eram. O mesmo com as escassas prendas que recebi... a eterna galinha de chocolate e o casaco comprido verde garrafa tem um lugar especial no meu coração. Ela foi durante alguns anos solteira, vivia com a minha avó em Proença, o dinheiro era pouco e o telefone inexistente. Mais tarde casou, ganhei um Padrinho de quem gosto muito, o telefone apareceu nas nossas casas mas o hábito não tinha sido criado e por isso tudo continuou na mesma. Considero o papel do Padrinhos importantíssimo. Não pelas prendas mas pela presença. Tenho dois afilhados e nunca me esqueço dos seus aniversários. Posso não ligar no dia, mas no dia a seguir não falho. Percebo que esquecimentos aconteçam, que o corrupio da vida nos absorva demasiado... Mas uma semana sem dar os parabéns à afilhada é demais... Por enquanto são só seis anos, em que tudo está bem e nada lhe faz confusão... e eu nem falo no assunto... mas quero ver quando a Catita começar a cobrar...
Não gosto! Pronto! Estou no meu direito! Sou exigente! Chamem-me mau feitio se quiserem!