Há dias menos bons!
E o motivo é sempre o mesmo. Por vezes transbordamos porque precisamos dessa enxurrada de sentimentos como forma de extravasar. Quando se chega a um limite é preciso rebentar! O abismo está ali... tão perto.... tão fácil... tão simples. Choro como se não houvesse amanhã... parto coisas, perco as estribeiras... mas preciso desse meu ataque de fúria como forma de purga. Depois fico assim, extenuada. Dona de um cansaço incomum, senhora de um ser esgotado, à beira do abismo, que no dia seguinte é apenas uma praia de areia molhada com cheiro a tempestade tardia... Sei que já passou. Virei-lhe as costas mais uma vez. Venci ainda que fiquem marcas com as quais tenho dificuldade em lidar, mas que mantenho nem sei bem porquê. Não importa. Amanhã é um novo dia. Depois outro. E mais outro. O abismo já se foi, a tristeza ainda perdura como uma névoa que mais tarde ou mais cedo se vai dissipar... Não importa. Aos poucos volto a ser novamente mais eu...