E porque hoje é Dia dos Animais...
... falo do meu pequeno Zoo caseiro.
- Temos um cão, o Doggy, grande, gordo, preto com tantos pelos brancos quantos aqueles que os seus 11 anos lhe permitem ter. Um doce de cão, meigo, inteligente, fofo, mimado, teimoso, casmurro, brincalhão, o eterno cachorro Labrador trapalhão... o cão perfeito!
Temos 3 gatas. A Lola, a primeira a quem lhe saiu na rifa o nosso lar. Filha de uma gata vadia prenhe, muito meiga, a quem a maldade humana tinha cortado orelhas e cauda... Valeu-lhe a mão de uma senhora piedosa que a tratou, a adoptou e através do veterinário lhe arranjou donos responsáveis para os bichanos que aí vinham. Foi assim que a Lola chegou até nós, uma gata branca, de olhos verdes, com preferência pelo maridão, meiga mas sem gostar muito de colo até porque não sabe usar as unhas e acaba sempre com elas presas em tudo quanto é sitio... A Lola é a que vem conhecer as visitas em cima da mesa de jantar, e a que fala com os pássaros e fica tão cega com eles que até foge de casa e se esquece de como voltar. Depois é ouvi-la miar tristemente e então toca a montar uma operação de salvamento para resgatar a nossa gata tonta! A Lola gosta de roer fios eléctricos... sim, ligados às tomadas... Enfim!
A seguir veio a Naná. Dizia-me a Teresa, a assistente da Dra. Suzana Ferreira, "Só leva a branca se levar também a preta..." Chamavam-lhe Alberta e eu dizia que não podia, que o marido me punha na rua se levasse mais um bicho para casa... mas a verdade é que eu já me tinha apaixonado por aquela gatinha preta, que falava connosco com os seus olhos redondos amarelos... Eu adoro gatos pretos, são lindos, meigos, ternurentos e muito inteligentes. É assim a nossa Naná... É ela que me vem chamar todos os dias para ir para a cama, é ela que rouba a almofada do marido, se enrosca e nos estica a pata sempre com as unhas encolhidas, ao contrário da Lola a Naná não usa as suas garras em circunstância alguma. E foge das visitas...
Depois veio a Tucha, fruto de um devaneio da minha mãe que se apaixonou por uma gata tartaruga que viu num anúncio de adopção numa loja de animais. Ficou com ela, depois deixou-a fugir. Andou perdida uma semana. Foi graças aos folhetos que espalhamos que a encontramos. Entretanto a minha mãe chorava baba e ranho, mas um mês depois de a ter encontrado fartou-se da gata, que passava muito tempo sozinha, que dava despesa, e que daqui, e que dali. Queria abandoná-la e nós ficámos com ela! Custou a adaptar-se ao cão, é assustadiça e medrosa. Apesar de meiga morde-nos... é bruta, não sabe brincar... mas é nossa e daqui não sai!
Temos também o Tico, uma chinchila oferta da minha prima para a afilhada... É da Rita, é meiguinho, agarra-mos a roupa se nos encostamos à gaiola, mete-se com as gatas fazendo "chic-chic" e tenta roer o pêlo ao Doggy se o apanha de feição. É mais interactivo do que aquilo que alguma vez eu supus! Adora bolachas, cereais de pequeno-almoço e tostas...
E finalmente a Rolinha, que salvei de um arroz de pombo numa altura em que se dizia que os pombos de Lisboa andavam doentes. Canta que se desunha com o seu cu-cu-rru e é meiguinha!
Podia ter muito mais... tenho de me controlar muitas vezes para não levar para casa todos os que vejo por aí abandonados... Mas não posso! Infelizmente não posso mesmo! Gosto de pensar que já faço a minha parte.... farei?.....