Foi assim que me senti hoje ao ver as imagens do momento em que o Papa Bento XVI deixa o Vaticano.

O que vi foi um homem idoso, debilitado pelos seus quase 86 anos, frágil, cansado...

Julguei-o e não tinha o direito de o fazer!

Afinal de contas ele é apenas mais um Homem que não aguentou.

Quem sou eu para lhe apontar o dedo?

Quem somos nós para o criticar?

E o motivo é sempre o mesmo. Por vezes transbordamos porque precisamos dessa enxurrada de sentimentos como forma de extravasar. Quando se chega a um limite é preciso rebentar! O abismo está ali... tão perto.... tão fácil... tão simples. Choro como se não houvesse amanhã... parto coisas, perco as estribeiras... mas preciso desse meu ataque de fúria como forma de purga. Depois fico assim, extenuada. Dona de um cansaço incomum, senhora de um ser esgotado, à beira do abismo, que no dia seguinte é apenas uma praia de areia molhada com cheiro a tempestade tardia... Sei que já passou. Virei-lhe as costas mais uma vez. Venci ainda que fiquem  marcas com as quais tenho dificuldade em lidar, mas que mantenho nem sei bem porquê. Não importa. Amanhã é um novo dia. Depois outro. E mais outro. O abismo já se foi, a tristeza ainda perdura como uma névoa que mais tarde ou mais cedo se vai dissipar... Não importa. Aos poucos volto a ser novamente mais eu... 

Como diria a minha Avó "Ele há gente que tem com cada uma!". Irrita-me que haja por aí pessoinhas que se passeiam pela net para lerem os blogs dos outros, e só porque não concordam ou simplesmente só porque sim,  e se achem no direito de escrever em jeito de comentário aquilo que muito bem lhes dá na gana! Pois eu cá não estou para aturar parvalhões e por isso mesmo há muito tempo que pus os meus comentários sujeitos a aprovação. O Blog é meu e reservo-me o direito de escrever o que bem me apetece. Se não gostam temos pena! Siga! Não é que me incomode que comentem, mas incomoda-me a má criação, a petulância de quem não me conhece, nem virtualmente  nem pessoalmente, e mesmo assim se ache no direito de me darem responsos e chamarem-me coisas como "bocó". Bocó é a Vovózinha, com todo o respeito pela Sra que certamente não tem culpa das aventesmas que descenderam do seu sangue. Por isso, amores do meu coração, podem comentar o que quiserem que eu, tenho a faca e o garfo na mão e por isso só aprovo se estiver para lá virada, ou seja, só converso com gente civilizada, e vocês, lamento, mas não fazem parte desse grupo! Podem escrever as m__das que quiserem! Irritam-me! Confesso que sim! Mas eu não aprovo nada que me tire do sério!

Resultado: EU GANHO!

VOCÊS PERDEM!

SEMPRE!

E foi hoje a nossa consulta. A Dra. espantou-se por já não existir o problema que inicialmente nos levou à necessidade da Terapia. De tanta correcção na Escolinha e em casa a Rita já diz os "r's"  e os "l's"como manda o figurino. No entanto, outros problemas se insurgem: os "lh"e os "nh" andam um bocadinho enrolados. Então, a Dra. optou por fazer "algumas sessões de terapia, que se supõem serem breves, como forma de cimentar e melhor isolar os sons do português. Como fez pouco infantário, como em Setembro vai já para o primeiro ano, e como está isenta e por isso não haverão custos associados (a não ser a deslocação e o tempo perdido, claro está!) não se perde nada em fazer terapia. Assim ela vai começar a Escola a 100 %". E pronto! Se a Dra. diz a mãe faz! Assim que nos marcarem as sessões lá vamos nós 2 vezes por semana passear-nos por Alverca!

PS. Acabei de perceber que a minha filha fala com "Iá's"

- Mamã, posso ver a Dora?

- Não sei se tens a Dora gravada na Box...

- Tenho, tenho! Iá! 

Desculpa? Iá? E o belo do LH e NH, não? 

Quando se tem crianças acabamos por falar com pessoas que de outra forma não entrariam no nosso mundo. Foi por causa da minha Catita que conheci uma das minhas vizinhas das traseiras do quintal, a Dona A., que por sinal também tem uma netinha de 2 anos e meio. Dizia-me ela aqui há tempos que tinha feito para o almoço da pimpolha um petisco de sobras que ela adorava: massa cozida envolta em ovos mexidos. Eu pensei logo que a receita tinha tudo para agradar ao meu rebento e por isso experimentei. Como  ponho alho em tudo piquei um dente finamente e estalei-o na frigideira com um fio de margarina liquida. Depois juntei uns lacinhos que tinha cozido no dia anterior e assim que a massa ficou quentinha acrescentei 3 ovos batidos. Envolvi até cozer os ovos. Et Voilá! Bem simples e saboroso... A Rita adorou! :-)

... Como é que o Papa Bento XVI se atreve a resignar? Desculpem-me se estou a ser injusta mas para mim um Papa é o exemplo personificado da perseverança e por isso faz-me muita confusão que se desista da corrida a meio do caminho. Este Papa também não me disse muito... para ser sincera nunca gostei da cara dele... contudo eu não julgo as pessoas pela sua aparência, e por isso fiquei à espera de ver o seu desempenho, difícil, claro está, quando se herda um legado como aquele que João Paulo II deixou (este sim foi um Papa que me marcou, ainda me lembro de o ir ver passar na Rotunda do Relógio da primeira vez que ele veio a Portugal, eu andava na catequese e aquilo foi para mim quase como ver Deus em pessoa). Ainda assim, não estava à espera da resignação deste Ratzinger... Continuo parva! Quem será o próximo?

Ganhou a Sereia - Obrigada Vita C pela sugestão! 

 E usando materias recicláveis dei então o meu melhor e fiz o fato que aqui vem.

Fartei-me de furar dedos porque cada gota de água da cauda foi cuidadosamente recortada e cozida à mão) mas acreditem que valeu mesmo a pena.

A minha petiz não arrecadou nenhum dos prémios (o que a deixou bastante triste porque "Nunca tive nenhum prémio!") mas era aos meus olhos a Sereia mais bonita da Escolinha!

Digam lá que não ficou giro?

No próximo domingo dia 03 de Fevereiro, por volta das 15 H, O Rancho Folclórico e Etnográfico da Casa do Concelho de Cinfães vai estar presente nas Festas em Honra de S. Brás, em S. Brás - Amadora, mais concretamente no Jardim António Macedo, em  frente à Igreja Paroquial de S. Brás. 

Vemo-nos lá!