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Sou Mais Eu...

Sou Mais Eu...

28.01.08

A minha terra

soumaiseu

Nasci numa aldeia onde as ruas cheiram a sol torrado no Verão e a lenha queimada no Inverno. É uma aldeia como qualquer outra, mas tem o seu quê de especial já que mais não seja pelo seu nome, quanto a mim, peculiar - Proença-a-Velha. Nasci lá por imposição da minha mãe a quem não passava pela cabeça que os seus filhos pudessem ter outra naturalidade diferente da sua. Gosto de regressar sempre que posso a Proença,  á humilde casa que dos meus pais. Gosto de matar saudades dos cheiros. Nada cheira como a nossa aldeia, nada cheira como a nossa casa da terra! Na minha aldeia os velhos ainda espreitam a sombra no cimo dos seus balcões e são tão codrilheiros como em qualquer outro local.  Mas gosto deles assim, lembram-me a minha avó... Nasci em Proença mas sou de Lisboa. Talvez por isso não consiga também viver sem o rebuliço desta grande cidade, do trânsito infernal, da confusão das ruas, do stress que se adivinha em cada pessoa com quem nos cruzamos. Mas este post não é dedicado a Lisboa. Lembrei-me da minha terra porque já há algum tempo descobri

"A Proençal" (www.proencal.com), uma associação sobre Proença com direito a site e tudo. Gostei tanto que até lhes mandei um e-mail no qual lhes dava os parabéns pela excelente ideia e organização. Não me responderam! É Pena! Fiquei desiludida mas não faço comentários. No entanto, como sou uma excelente pessoa :-) deixo aqui para os mais curiosos algumas informações sobre a minha terra:

 

Proença-a-Velha foi doada por D. Sancho I à Ordem dos Templ á rios com o intuito de a repovoar e defender e que antes deste monarca pouco se conhece da sua história. D. Pedro de Alvites ter-lhe á concedido foral em 1218, reconstruindo-lhe o castelo.
Sobre a origem e significado do seu topónimo, existem v á rios pareceres, destacando-se de entre eles o do Prof. Leite de Vasconcelos o qual supõe ter a palavra Proença origem no nome provençal mediévico da região de Provença.
O seu pelourinho, monumento nacional, é brasonado e apresenta 4 escudos, nos quais se vê a Cruz de Cristo, a esfera armilar e as armas reais.

 

POPULAÇÃO: 344 Hab.
SUPERFÍCIE: 57,749 Km2
ACTIVIDADES: Agricultura; pastorícia; Comércio
FEIRAS: Anuais (2º Domingo de Janeiro, 19 de Março, 5 de Agosto, 28 de Outubro)
FESTAS E ROMARIAS: Nossa Senhora da Granja (segunda-feira de P á scoa); Nossa Senhora da Silva (15 de Agosto); Nosso Senhor do Calv á rio (penúltimo Domingo de Agosto)
PATRIMÓNIO: Igreja Matriz; Igreja da Misericórdia; Capelas de S. António e do Senhor do Calv á rio; Cruzeiro; Pelourinho; Fonte Romana; Chafariz; casas Senhoriais
OUTROS LOCAIS DE INTERESSE: Lagar de Varas - museu referente às técnicas de produção de azeite
GASTRONOMIA: Ensopado de Cabrito; Arroz de Cabidela; Arroz de Bulho
ARTESANATO: Bordados; Bonecos em Madeira
COLECTIVIDADES: Liga de Desenvolvimento Local; Centro de Dia.

15.01.08

O Mar

soumaiseu

 

Ela nunca tinha visto o mar. Vivera sempre fechada na pequena aldeia onde toda a sua família tinha crescido. Conhecia muito bem os campos semeados de milho e de feno. Conhecia todas as árvores, todos os pássaros. Sabia tratar do gado, das galinhas, dos porcos, das vacas.  Conhecia o rio, cheio de pedregulhos lavados pela bruta corrente. Perdia-se a olhar toda aquela água, a tentar visualizar o caminho que percorria até chegar ao grande mar. Um dia atreveu-se a dizer à mãe que gostava de ver o mar. Recebeu um olhar tão cheio de censura que nunca mais se atreveu a fazer qualquer outro comentário do género. Mas era nos dias em que tinha de ir lavar a roupa ao rio que o seu desejo mais a inquietava. Queria tanto ver o mar... Seria tão salgado como dizem? E qual seria o barulho das ondas? Seria parecido com o sussurrar da copa das árvores em dias de temporal? Será verdade que tem peixes do tamanho do seu quarto? Lembrava-se muito bem da história "A Menina do mar" que lera na primária. Nunca mais a esquecera. Um dia destes iria sair dali. Um dia destes iria levantar-se antes do sol nascer e iria descer o rio... até conseguir ver o mar!

11.01.08

Aos Amigos Que Já Eram!

soumaiseu

Ao enviar as tradicionais sms's do Natal apercebi-me de que na minha lista de contactos existem muitos amigos que já não fazem jus a esse titulo, aqueles que já me foram muito chegados mas que pelas mais variadas razões se foram afastando, ou eu deles, é indiferente. Alguns teimam em mandar a bela da sms de Natal ou de Ano Novo como uma ligação que fica em stand-bye durante todo o ano até à próxima época natalícia .... Costumo retribuir as mensagens mas nem sei bem porque o faço. Perdi certos amigos, e estou a perder outros. Ás vezes pergunto-me o que foi que aconteceu, porque foi que o abismo se instalou entre nós... Tento a todo o custo manter alguns desses amigos que hoje estão na corda bamba, mas não estou a ter o feedback que esperava e estou prestes a desistir e a baixar as armas. Há algum tempo atrás uma destas amigas em risco disse-me a respeito de uma outra pessoa "...cheguei à conclusão de que não vale a pena esforçar-me para manter uma amizade, simplesmente porque é uma pessoa que não me interessa!". Nunca ninguém me disse nada tão verdadeiro nem tão doloroso.... nesse dia percebi que o mesmo poderia ser dito sobre mim... e não me enganei. Anos depois a nossa amizade já deu todos os frutos que poderia dar. Mas cheguei à conclusão de que a partir de uma certa altura as coisas funcionam mesmo assim...  há efectivamente pessoas que não merecem o nosso esforço, nem o nosso empenho e que não vale a pena continuar a manter na nossa vida. Hoje em dia só faço o que me apetece, quando muito bem me apetece, por quem muito bem entendo. Se me sinto mal com isso? Claro que não! Quem é verdadeiramente meu amigo sabe que é uma honra conhecer-me e partilhar o meu espaço. Quem se está a afastar está a perder uma excelente oportunidade...

Presunçosa, eu?

Não sei do que estão a falar!

Hoje Eu Sou Muito Mais Eu!

01.01.08

1 de Janeiro de 2008

soumaiseu

Para primeiro dia do ano não esteve nada mal... Muito frio e no final do dia também alguma chuva. É um dia à minha maneira. Não há nada a fazer! Gosto deles assim... desde miúda! Gosto do frio que se sente na ponta do nariz vermelho, das mãos enregeladas.... Gosto da chuva miudinha... Gosto da graúda! Lembro-me quase sempre do bem que a chuva faz à terra e imagino-a a beber avidamente cada gota de água... E o cheiro a  terra molhada? Hum! É delicioso.... Sabem de quem é a culpa desta minha tara? Claro que é da minha avó! Mas nem vale a pena explicar porquê....  Um dia maravilhoso e eu sempre aqui fechada em casa.... Nem tive tempo de ir à janela cheirar a chuva!

Que tola!

 

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