Doggy e Eu
O Doggy está doente. Nada de grave!
Apenas mais uma das suas otites... A dona, Cabeça de Atum, esqueceu-se de pôr a Pipeta para as pulgas e para os ácaros das orelhas... Agora de castigo, todos os dias à noite fazemos o nosso ritual: eu sento-me no chão da cozinha, arrasto o Doggy para o meio das minhas pernas, e cotonete a cotonete, lá vou limpando as orelhitas para depois pôr o remédio... Tadinho! Ele dá à pata, ele suspira, ele range, ele chora... Ele esconde o focinho... Rosnar é que não! Isso é só para a Doutora Susana Ferreira. A Dona pode tratar o "bicho", mas a doutora não!
E porquê Doggy e Eu?
Porque ontem o meu homem descarregou da net o filme "Marley e Eu". Tenho o livro e já tinha chorado baba e ranho quando o li.... Ontem, voltei a chorar! Baba e ranho... O meu Doggy é aquele cão, apenas são diferentes na cor... é mal comportado como ele... deita-se nos sofás, enrola-nos a cama, rouba os nossos sapatos e chinelos, os brinquedos da Rita. Quando era mais novo ia ao cesto da roupa suja (chegou a comer umas quantas meias), e destruia o papel higiénico (ainda hoje o guardo no armário por causa dele)... Agora está mais molengão... Está crescido, o meu cão... Tem quase 8 anos. O focinho está branco desde os dois... continua meigo e estouvado como só ele sabe ser... faz uma grande festa sempre que chegamos a casa, mesmo que só tenhamos ido despejar o lixo... os nossos amigos são recebidos com o mesmo entusiasmo. Adaptou-se muito bem às gatas. A Mia é a sua grande companheira! Partilham comida, sonecas e brincadeiras...
O Doggy aguenta estoicamente as investidas da Rita que acha que ele pode ser um excelente cavalo quando se monta nele e se põe aos saltinhos. Quando ela nos apanha distraidos e enfia os dedos nos seus olhos escuros ele limita-se a ganir e a esconder-se debaixo da cama...
É o nosso cão! Lindo, meigo e doce! Grande, Gordo!
O que espalha fios de baba no chão enquanto espera para lamber os nossos pratos... Com mais pêlo do que parece, que ressona como o dono... Que teima em dormir connosco, e se puder ser bem no meio dos Donos, melhor ainda... Haverá cães parecidos, igualmente bons, mas este é o cão cá de casa. O que faz com que os nossos dias sejam diferentes. O que nos faz companhia, que vê televisão connosco, que fica triste com a nossa ausência e se alegra com a nossa chegada. O que vai connosco de férias sem se importar com o destino...
Este é o Doggy!
O nosso cão! O nosso Cachorro! O nosso Pequenino!
Esta, a minha homenagem ao cão que tenho no coração!