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Sou Mais Eu...

Sou Mais Eu...

31.08.15

Sobre as férias 2015!

soumaiseu

Estive uma semana e pouco no Norte, em Alhões, Cinfães do Douro. Aqui descansa-se ao som bucólico dos "méééé's" e "muuuuu's" que nos chegam todos os dias com o gado que vai passando à nossa porta, ao som dos vizinhos que nos dão os bons dias todos os dias com o mesmo afago, ao som do padeiro que chega com a sua carrinha e que acorda todo o povo com as suas buzinadelas, insuportáveis nos primeiros dias e já praticamente inaudíveis no final. Deu para visitar a afilhada muitas vezes. Passear com ela pelo Rio Tinto, Amarante (a voltar garantidamente, é lindo e só vi um bocadinho), leva-la a mergulhos e escorregadelas nas piscinas de Viseu, fazer os Passadiços do Rio Paiva com amigos muito queridos. Já ouviram falar destes passadiços? São 8 quilómetros lineares, 14 medidos pelo GPS. Grau de dificuldade elevada, a minha petiz aguentou estoicamente. Façam! Vale cada passo dado. É a natureza no seu estado bruto.

Depois foi o regresso a Lisboa que se impôs por assuntos escolares para tratar, e o ir para terras mais quentes: Proença-a-Velha, distrito de Castelo Branco. Enquanto que em Alhões se congela (no dia em fomos fazer os Passadiços o carro marcava 9 graus às 8.30 da manhã), na minha terra derrete-se. O calor transforma tudo em papas... Aqui faz-se o mesmo de sempre, entre idas e vindas a Castelo Branco e Alcains para ver a família, este ano conseguimos ir à piscina fluvial da Fonte do Pego em Penha Garcia. Um sitio fantástico que adorei. A 20 minutos da minha terrinha. A repetir anualmente. Deixo-vos algumas fotos para vos alegrar as vistas.

DSC_0005.JPGVista de Valverde sobre o Douro (Valverde, Cinfães)

DSC_0026.JPGNa apanha da erva: até os lisboetas trabalham! (Valverde, Cinfães)

DSC_0059.JPGRio Bestança, a caminho do banho anual, nunca falha! (Valverde, Cinfães)

DSC_0061.JPGPassadiços do Rio Paiva, o inicio... (Arouca)

DSC_0140.JPGPassadiços do Rio Paiva, o vislumbre do que ainda aí vinha... (Arouca)

DSC_0156.JPGPassadiços do Rio Paiva, o pior de tudo, e ainda nem a meio estávamos da escadaria infernal... (Arouca)

DSC_0352.JPG

Piscina fluvial da Fonte do Pego (Penha Garcia, Beira Baixa)

DSC_0354.JPGPiscina fluvial da Fonte do Pego (Penha Garcia, Beira Baixa)

 

 

 

 

 

28.08.14

Por cá e por lá!

soumaiseu
(Foto minha)

A minha mãe já retirou os quistos sebáceos! Vamos hoje livrar-nos dos pontos! Entretanto não pudemos sair daqui porque tiveram de ser feitos pensos assiduamente (e eu não tive coragem de a deixar sozinha e só entregue ao meu pai que é um alheado de tudo). O maridão entrou de férias na altura errada: no trabalho dele as férias só são gozadas quando os "superiores" dele estão porque a empresa não pode ficar sem nenhum Administrador ou Director presente. Percebe-se, mas é uma nóia! Por isso andámos essencialemente por cá. Aproveitei para fazer praia aos bochechos, fui uma vez para o Guincho (ideia a não repetir uma vez que o estacionamento é uma grande dor de cabeça), e umas quantas para a Praia do Tamariz, que adoro! No sábado fui à minha terra, Proença-a-Velha. Confesso que fui sem grande vontade: a última discussão com a minha prima deixou feridas graves, profundas e de difícil cicatrização. Não me apetecia ir, até porque sabia que se fosse teria de ceder e ligar-lhe, afinal ela é madrinha da minha filha e eu madrinha de um dos dela... os miúdos não tem de pagar pelos nossos erros! Tinhamos mesmo de ir a Proença, os meus pais mandaram pôr o telhado novo na casa e era preciso ir ver como estava e limpar tudo. Fomos! Liguei-lhe! Encontrámo-nos, estivemos juntas quase sempre, mas havia no ar um cheiro a tempestade, o ambiente estava carregado de electricidade. Fazemos sacrifícios pelos nossos, muitas das vezes convencemo-nos que o amor e o laço que existe é suficiente para compensar todo e qualquer mal entendido... e há um dia em que duvidámos disso... será? Cedi pela minha filha, pelo meu afilhado e pelo meu sobrinho... engoli o orgulho e todas as minhas razões e dei o melhor de mim!. E é tudo! Mais não pude fazer! O tempo cura tudo! Já a minha avó dizia! Se não curar não é por minha culpa!

Em Proença, a festa não foi grande coisa! O Iran Costa arrasou, é divertido o senhor, mas eu não sou grande fã, a primeira Banda Tecno Portuguesa (como ele se designa) não me diz muito!  Fomos com os miúdos à Praia Fluvial o Moinho, na Benquerença (Penamacor). Todos gostaram menos eu! O sitio é fantástico, boas infra-estruturas, relva e sombra à fartazana, mas eu tenho um problema com águas turvas, se molho o pé e sinto lodo ou lama, esqueçe! Já saí! Tenho de ver o fundo, se a água não for suficientemente cristalina já não entro! E por isso não achei piada! Não pude ir visitar a minha avó, o cemitério estava fechado e o coveiro doente... Sinto falta dela, a minha querida avó que tanto me ensinou.... que saudades do cheiro que ela tinha a cabra e a campo! Choro sempre de saudades quando lá vou e este ano não o pude fazer! Depois vim-me embora! Regressei na terça quando me apetecia ficar. Depois do barulho da festa, da confusão dos emigrantes, apetecia-me ficar! Mas o tempo não perdoa e é preciso trabalhar! Agora espero ansiosamente que o marido arranje uns dias para irmos a Alhões! Aí sim! Aí eu recarrego as baterias todas e ainda trago umas suplentes!

21.08.12

Já fui e já vim!

soumaiseu

Depois da saga "Limpa, esfrega, raspa a outra casa...", e de termos gasto as escassas férias de Agosto nesta maravilhosa labuta, sobraram-nos 4 dias miseráveis para ir à minha Proença-a-Velha, e digo miseráveis porque servem sempre para regressar mais cansada do que fui... Há sempre montes de coisas a fazer na minha terra, primeiro há que limpar uma casa que está fechada o ano todo, depois ir comprar o que não conseguimos levar de Lisboa, e temos de alternar com inúmeras idas a Castelo Branco porque lá estão os meus Padrinhos e os Padrinhos da minha filha, mais os meus afilhados... E conciliar isto ainda com a Festa do Sr. do Calvário que este ano esteve soberba, não fossem os horários tardios que se escolheram para tudo e mais alguma coisa (e que se percebem) teria sido fantástica. Claro que com uma criança pequena não se pode ficar na festa até às 3h da manhã para ver rebentar o fogo de artificio, nem muito menos até às 3.30h para ir à festa de espuma... aguentar uma criança até à 00.30 h para ver o senhor do Burrito* (que aliás só cantou o Burro pelas 2 da matina) já por si só foi uma festa! Mas gostei! Há muito tempo que não via o recinto do Calvário tão cheio de gente.

Faltou-me fazer uma série de coisas que gosto de fazer quando vou à minha terra porque me matam saudades dos verões de infância: faltou apanhar amoras, faltou ir ver o leito seco da Ribeira, faltou apanhar Poejo e Figos de Piteira (e regressar com as mãos cravejadas de picos e a boca cheia de água)... mas fiz o mais importante, aproveitei uma escapadela da Missa e fui ao cemitério visitar a campa da minha avó... e este ano chorei muitas lágrimas... não sei porquê! Saudades do cheiro dela, do riso dela, das suas teimosias... talvez por ver a minha mãe a seguir-lhe as pisadas, lembro-me de a ver perder a cabeça quando ela batia o pé, e vejo-me a mim a entrar na mesma linha e não saber como lidar com a situação! Achamos sempre que connosco vai ser diferente... Mas nem sempre é!

Fica a mesma promessa de sempre, ir a Proença mais vezes e ficar mais tempo! Há que matar bem as saudades! 


* Fernando Correia Marques, com a sua música "Burrito" (que aliás foi a primeira música que a minha filha cantou)



22.03.08

Novamente à minha terra!

soumaiseu

 

                                 

 

Hoje acordei a pensar na minha aldeia! (A culpa é do livro do Tony Carreira A Vida Que Eu Escolhi: estou a ler aquela parte inicial em que ele só fala de Armadouro ).

E vai na volta lembrei-me da minha terra!

Estamos na Quaresma e para aqueles que não sabem, esta é uma das épocas mais bonitas de Proença, altura em que se vivem as mais enraizadas tradições religiosas. Na Sexta-feira Santa faz-se o Enterro do Senhor na Misericórdia... lembro-me que quando era pequena o Enterro ser feito com muita garra.... a tampa do caixão era atirada com uma força brutal e o estrondo fazia-nos saltar o coração.... nunca mais me esqueci desse barulho.... Hoje as coisas já são feitas de forma mais suave. Mas o que eu gosto mesmo é de ver o povo juntar-se á porta da Misericórdia a cantar no chamado Sábado de Aleluia... Não resisto.... se estiver a passar a Páscoa na terra, lá vou eu também para o meio do maranhal entoar as velhas canções que a minha avó e o meu pai me ensinaram desde tenra idade!

 

   "Aleluia, aleluia!

   Aleluia, Aleluia!

   Aleluia já é festa!

  Desceu um anjo dos céus 

 Nossa alegria é esta!

...

Olha a laranjinha

Que caiu, caiu

Num regato de á gua

Nunca mais se viu

...

Adeus Quinta-feira Santa

Sexta-feira de Paixão

Adeus Sábado de Aleluia

Domingo de Ressureição"

 

 A minha avó contava que quando ela era míuda costumavam também encomendar as almas e então ia um grupo de pessoas para a Igreja e outro para o Calvário e entoavam cânticos que se ouviam em cada um destes sítios .... era de arrepiar! Nunca vi, ou se vi era certamente muito pequena porque não tenho qualquer recordação.... Foi uma tradição que se perdeu e hoje em dia penso que já não se faz.... deixo a dica à Proençal : se tentam recuperar as velhas tradições de Proença, porque não esta?

Há já alguns anos que não vou passar a Páscoa a Proença. O ano passado não fui porque a minha filha nasceu na Semana Santa. Foi sem dúvida a melhor Páscoa da minha vida! Tive um Ovo da Páscoa muito especial! Este ano, infelizmente, por questões profissionais também não me foi possível lá ir!

Mas tenho a certeza que os fornos ainda se acedem para cozer os Bolos da Páscoa,  e que a aldeia cheira divinalmente a bolos, fumo e a Primavera... e que junto à ponte o Rio corre raso como sempre, lindo, arrastando consigo um tapete bordado a limos verdes e minúsculas flores brancas. 

Para o ano, se Deus quiser, lá estarei. E a minha Rita, já mais crescida, vai certamente começar também ela a apreciar a beleza desta aldeia tão especial, a minha terra!

28.01.08

A minha terra

soumaiseu

Nasci numa aldeia onde as ruas cheiram a sol torrado no Verão e a lenha queimada no Inverno. É uma aldeia como qualquer outra, mas tem o seu quê de especial já que mais não seja pelo seu nome, quanto a mim, peculiar - Proença-a-Velha. Nasci lá por imposição da minha mãe a quem não passava pela cabeça que os seus filhos pudessem ter outra naturalidade diferente da sua. Gosto de regressar sempre que posso a Proença,  á humilde casa que dos meus pais. Gosto de matar saudades dos cheiros. Nada cheira como a nossa aldeia, nada cheira como a nossa casa da terra! Na minha aldeia os velhos ainda espreitam a sombra no cimo dos seus balcões e são tão codrilheiros como em qualquer outro local.  Mas gosto deles assim, lembram-me a minha avó... Nasci em Proença mas sou de Lisboa. Talvez por isso não consiga também viver sem o rebuliço desta grande cidade, do trânsito infernal, da confusão das ruas, do stress que se adivinha em cada pessoa com quem nos cruzamos. Mas este post não é dedicado a Lisboa. Lembrei-me da minha terra porque já há algum tempo descobri

"A Proençal" (www.proencal.com), uma associação sobre Proença com direito a site e tudo. Gostei tanto que até lhes mandei um e-mail no qual lhes dava os parabéns pela excelente ideia e organização. Não me responderam! É Pena! Fiquei desiludida mas não faço comentários. No entanto, como sou uma excelente pessoa :-) deixo aqui para os mais curiosos algumas informações sobre a minha terra:

 

Proença-a-Velha foi doada por D. Sancho I à Ordem dos Templ á rios com o intuito de a repovoar e defender e que antes deste monarca pouco se conhece da sua história. D. Pedro de Alvites ter-lhe á concedido foral em 1218, reconstruindo-lhe o castelo.
Sobre a origem e significado do seu topónimo, existem v á rios pareceres, destacando-se de entre eles o do Prof. Leite de Vasconcelos o qual supõe ter a palavra Proença origem no nome provençal mediévico da região de Provença.
O seu pelourinho, monumento nacional, é brasonado e apresenta 4 escudos, nos quais se vê a Cruz de Cristo, a esfera armilar e as armas reais.

 

POPULAÇÃO: 344 Hab.
SUPERFÍCIE: 57,749 Km2
ACTIVIDADES: Agricultura; pastorícia; Comércio
FEIRAS: Anuais (2º Domingo de Janeiro, 19 de Março, 5 de Agosto, 28 de Outubro)
FESTAS E ROMARIAS: Nossa Senhora da Granja (segunda-feira de P á scoa); Nossa Senhora da Silva (15 de Agosto); Nosso Senhor do Calv á rio (penúltimo Domingo de Agosto)
PATRIMÓNIO: Igreja Matriz; Igreja da Misericórdia; Capelas de S. António e do Senhor do Calv á rio; Cruzeiro; Pelourinho; Fonte Romana; Chafariz; casas Senhoriais
OUTROS LOCAIS DE INTERESSE: Lagar de Varas - museu referente às técnicas de produção de azeite
GASTRONOMIA: Ensopado de Cabrito; Arroz de Cabidela; Arroz de Bulho
ARTESANATO: Bordados; Bonecos em Madeira
COLECTIVIDADES: Liga de Desenvolvimento Local; Centro de Dia.

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