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Sou Mais Eu...

Sou Mais Eu...

23.06.21

Não sou...

soumaiseu

significado-de-liberdade-e1544050018402.jpg(Imagem retirada daqui)

... uma mãe que proíbe. A minha postura vai mais no sentido de ouvir, permitir, e responsabilizar a minha petiz. Quando não gosto ou não concordo digo-lho abertamente. Se ela insiste eu não proíbo. A minha mãe proibiu-me e impediu-me de fazer uma série de coisas e eu fiz muita porcaria precisamente por isso, porque não podia fazer pela frente, fazia ainda pior pelas costas. Na altura não tinha noção de que o fazia, mas hoje olho para trás, deito as mãos à cabeça, e percebo e entendo mais do que gosto de admitir. É por isso que não proíbo. Não vale a pena. Querendo fazer fazem. Nada os impede. Isto para vos dizer que hoje a minha petiz quis terminar o ano lectivo em cheio, almoçando com os colegas mais chegados e passando a tarde com eles. Ai e tal o Covid, os números estão outra vez ruins... Sim, é verdade. Mas a miúda trabalhou que nem uma louca e conseguiu um bom punhado de Cincos. Ela merece. Recomendei-lhe apenas que usasse e abusasse no alcool-gel, que não retirasse a mascara sem motivo, que se mantivesse longe de aglomerações e que tivesse cuidado. Lembra-te que tens pessoas de risco em casa... Vai com juízo e diverte-te! 

E pronto, cá estou eu em casa a blogar enquanto a miúda anda no bem bom... (Sinto-me velha! Devia ter reunido 2/3 mães amigas e ir beber com elas um café enquanto trocávamos memórias das nossas infâncias. Seria um encontro fantasticamente deprimente! )

19.06.21

Eu quis ser...

soumaiseu

bomba.jpg

(Imagem retirada daqui)

Já ando por aqui há muitos anos apesar das paragens e interrupções. Se calhar alguns já sabem, outros não, mas em miúda quis ser veterinária. O meu amor e fascínio pelos animais levava-me nesse sentido mas a minha burrice para a matemática fez-me seguir outros caminhos. Eu quis ser. Não fui.

Tenho em casa três cadelas Yorkshires e duas gatas. Tudo gajas. Quando uma das minhas "mais que tudo" de quatro patas adoece eu fico doente com elas. Stresso completamente. Não durmo. Não como. Fico com uma ansiedade estúpida. E por isso cheguei à conclusão que ainda bem que não fui veterinária. Teria sido uma péssima profissional: o primeiro bicho que me morresse ou que eu não conseguisse tratar convenientemente ir-me-ia lançar num poço de tristeza sem fundo, seria um dia a trabalhar e o resto da semana a carpir mágoas em casa . Hoje em dia percebo que foi o melhor. Isto tudo para vos dizer que na próxima terça-feira a minha Milú vai ser esterilizada e retirar dentes duplos e eu já estou stressadinha da Silva até mais não poder, com os nervos em franja, entrançados e cheios de nós... Já estou a roer azedas, unhas, lápis, canetas... Ai que nervos!

18.06.21

A alma das casas

soumaiseu

lar-e-onde-o-coracao.jpg(Imagem retirada daqui)

Vendi ontem a primeira casa que comprei com o meu marido. A casa onde engravidei e onde nasceu a minha filha. Foi naquele corredor que ela deu os primeiros passos agarrada às paredes como se fosse uma pequena lagartixa. Foi no chão daquela sala que o avô a ensinou a gatinhar já depois de andar em pé como gente grande. Foi naquela cozinha que eu a vi espalhar pelo chão de tijoleira todos os meus tachos e panelas... Vendi-a porque teve de ser. Os muitos anos de arrendamento a pessoas desconhecidas e sem escrúpulos foram-na destruindo aos poucos. Acredito que as casas assumem um pouco da aura de quem lá vive, e por isso sei que aquela casa foi um dia tão feliz connosco como nós fomos dentro das suas quatro paredes e tenho a certeza que estes 13 anos de arrendamento abusivo a deixaram muito "negra". Ontem vendi-a a um casal que se apaixonou por ela, como nós, na primeira visita. Que viu nela muito mais do que destruição e paredes sujas. Tenho a certeza que serão tão felizes lá como nós fomos e que cuidarão dela como ela merece, com amor e carinho, tal como um dia eu cuidei. É só uma casa. É só um bem material. Os benefícios da venda impõem-se. Tenho menos uma mensalidade ao fim do mês, menos um condomínio, menos uma contribuição autárquica, menos chatices com o arrendamento. Ainda assim ficou-me um amargo na boca e as lágrimas soltaram-se-me dos olhos depois de entregar as chaves. É só uma casa. Eu sei. Mas. Só espero que cuidem bem dela... 

15.06.21

Pressão...

soumaiseu

chaleira.jpg(Imagem retirada daqui)

Sinto em mim um querer estranho, quais pozinhos de perlimpimpim que resolvam todos os meus problemas, um aperto, uma agonia, um querer degustar um pouco mais da vida sem limites, sem controlo, um querer desligar de tudo, apenas existir, pairar na existência alheada a todos as chatices que surgem umas atrás das outras, sem questões, sem "se"´s. Sinto em mim uma pressão eminente, um "prestes a" que nem eu mesma sei de onde vem, mas que está lá, que me oprime, me aperta o coração, a mente, o existir... (Inspira, expira e não pira...)

 

11.06.21

Excesso de sinceridade...

soumaiseu

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(Imagem retirada daqui)

Tinha hoje uma consulta marcada para o dentista. Ando com a cabeça a mil e por isso esqueci-me completamente. Ligam-me do consultório à hora da consulta. Devo dizer-vos que moro a 15 minutos a pé do consultório. Digo a verdade, peço mil desculpas mas esqueci-me. Resultado a consulta foi remarcada para meados de Julho. Fico furiosa por ninguém cá em casa me ter avisado. É irritante que eu trate de toda a gente e que ninguém se lembre uma única vez de mim. Devia ter dito que estava atrasada. Que estava presa no trânsito. Que tinha tido numa avaria no carro. Qualquer coisa. Qualquer desculpa que eu desse teria sido mais considerada do que um sincero "esqueci-me"... Que nóia. Venham-me cá pedir outra vez, como é habitual, para ir mais cedo porque a dra está adiantada que eu conto-lhes uma história! Cá se fazem cá se pagam!  

09.06.21

A miúda que fui e a mãe que sou

soumaiseu

respeito.jpg(Imagem retirada daqui)

Olha para trás e o que vejo? Uma miúda de dentes tortos, rechonchuda, vestida a gosto da mãe (duvidoso por sinal), demasiado tímida.

Eu era a miúda a quem a mãe batia à porta da escola por lhe esconder as negativas que tinha sistematicamente a matemática. Era aquela a quem chamavam nomes feios, a que empurravam nas filas que fazíamos à entrada das salas de aula, aquela que o colega apalpava disfarçadamente convencido que eu nunca reagiria. Até ao dia em que perdi as estribeiras perante o horror da minha mãe. O colega dos apalpões foi empurrado contra a perna da mesa da sala de Madeiras e partiu um dente. A colega que me empurrava viu-me um dia pendurada no seus cabelos com tanto afinco que deve ter julgado que eu nunca mais lhos iria largar. E o que me chamava nomes, perante os meus últimos ataques, deve ter achado melhor acalmar-se antes que eu também lhe resolvesse afagar o pêlo. Tudo isto fez de mim quem sou hoje. Se ficaram marcas? Acredito que sim ainda que se calhar inconscientes.

Acredito que o bullying acontece quando menos se espera e que para que o mesmo não se perpetue no tempo há que haver uma resposta por parte do agredido. Posso estar errada mas é esta a minha convicção. Nunca proibi a minha filha de se defender como a minha mãe me fazia. Sempre lhe disse que o mais importante da vida é o respeito pelo outro. Não temos de gostar, não temos de concordar, temos de aceitar e respeitar. E isso implica que não deixemos também que a opinião dos outros nos afecte. Aos 14 anos a Rita usa sandálias douradas na escola quando todas as colegas andam quase exclusivamente de ténis e veste calções rosa fushia sem medo do excesso de cor ou receio de combinações imperfeitas. Quando lhe dizem que não gostam ela pergunta simplesmente "E?..." Ontem um colega chamou-lhe burra por ela estar a explicar um exercício de forma diferente a outro colega. Sabendo que a nota dele é bastante inferior à dela perguntou-lhe simplesmente: "Que nota tens a matemática? Queres mesmo falar sobre isso? Tens a  certeza que aqui a burra sou eu?". Este tipo de atitude por si só não resolve todos os ataques que os nossos filhos possam sofrer por parte de outros, mas acredito que constituem o primeiro passo para que se possam defender. Faz-me imensa confusão ouvir pais dizerem, como os que eu ouvi aqui há uns dias na televisão, que é normal os miúdos maltratarem-se, dar umas palmadas, uns pontapés, umas caneladas... Como é que isso é normal? Como é que estes pais acatam e permitem este tipo de comportamento sem qualquer tipo de chamada de atenção? Não. Para mim nada disto é normal. Temos de ensinar os nossos filhos a defenderem-se sem medos. Mas acima de tudo é preciso ensinar-lhes uma coisa: Respeito. 

 

08.06.21

O primeiro Crush...

soumaiseu

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(Imagem retirada daqui)

Um dia a nossa filha chega ao pé de nós com um sorriso envergonhado, aquele sorriso que surge nas bochechas mas que não queremos que se note, mal disfarçado, entre um olhar tímido que não é característico dela, mas que está lá... É o primeiro Crush! Eu Mãe Leoa, me confesso! Não gostei nada! Conheço o bem aventurado e até acho que é bom rapaz, mas ele fez de mim uma mãe bipolar: Há dias em que o adoro, outras em que simplesmente o odeio. Não se namoram... ainda! E não sei se quero que cheguem a esse momento, mas também me irrita este "abusar" da atenção da minha petiz... Quando ele e aborrece apetece-me desfazê-lo, quando é simpático já é um fofo. Se se faz de vítima quero bater-lhe, e se faz piadas malandras está a abusar da sorte. Se não estuda é um miúdo preguiçoso, se estuda e mesmo assim o resultado não é o melhor, é porque não faz nada de jeito, o desgraçado! Quando ele diz que a minha filha é "brilhante" já é um rapaz muito perspicaz. Portanto...tornei-me numa mãe bipolar e a culpa é toda do Crush da minha filha! Quem o manda ter duas personalidades? Ai dele que a faça sofrer! Dou cabo dele!

15.04.21

Noites...

soumaiseu

25161953080406.jpg(Imagem retirada daqui)

Acordo. Sinto o corpo húmido pelo calor da cama. A nuca molhada, o peito encharcado. Maldita menopausa. No relógio quase seis. Bolas! Podia ter acordado daqui a pelo menos mais uma hora... Apetece-me um banho mas fico um pouco mais na cama. A roupa enrolada entre nós, o pijama enrolado até ao pescoço a mostrar uma barriga grávida de excessos e os pés de fora. A bexiga acorda. Vou à casa de banho com as pernas pesadas e os joelhos a ranger de dor e no regresso passo pela janela mais próxima e olho a rua. Gosto de madrugadas. Acho-as frescas e sedutoras. Gosto da sua quietude agitada por movimentos madrugadores. Da luz que gradualmente nos fere mais. Tenho calor. Abro a janela. O ar ainda frio pela noite arrepia-me a pele e um vento leve refresca todo o meu sentir. Fecho os olhos num deleite só meu. Há saltos altos no passeio e ruídos de motores na estrada. E pardais que cantam alegremente. Sinto frio. Volto para a cama. Ao meu lado, na mais imperfeita posição para dormir dormes um sono profundo. Sonharás? O edredon sabe-me bem, enrolo-me nele e agarro-me à almofada. E descanso. Ainda tenho mais uma hora de sono... Só espero que não ressones.

13.04.21

Papa-livros...

soumaiseu

livros.jpg

(Imagem retirada daqui)

Todas as desculpas me servem para ler. Leio romances, policiais, ficção, livros meus, livros que me emprestam, livros que me dão, que me oferecem, em papel, em e-book, leio ou releio os livros de leitura obrigatória que a Rita tem de ler para a escola... No período passado foi o Alma de Manuel Alegre. Já o tinha lido há muito tempo e recordava-me vagamente de ter gostado. Ora fazendo parte da lista de obras do 8ª ano e tendo já o livro cá em casa sugeri à Rita que o lesse. Quando o li novamente para a ajudar a elaborar o trabalho de português fiquei a pensar se teria sido a melhor escolha: o livro é pródigo em palavrões e algumas cenas eventualmente "menos recomendadas" para a idade dela. Quando perguntei à Rita se tinha gostado a resposta foi firme "Sim, é giro!". Pois claro que é giro! E instrutivo também. Para além de que é um livro interessante sobre a infância do autor e tudo que o transformou na pessoa que é hoje.

Este período vamos ler outro Alma, desta vez Alma e os Mistérios da Vida de Luísa Castel-Branco. Lembro-me de ter gostado muito deste livro e estou a relê-lo com o mesmo entusiasmo. Quanto à Rita, depois do outro Alma este não deve ser pior... digo eu! Estou curiosa para saber se ela vai gostar tanto desta "Alma" quanto eu gosto! Um livro fantástico que nos faz apegar às personagens e ao tempo delas. Este é o único livro de Luísa Castel-Branco que li mas sempre que lhe pego fico com vontade de ler mais. Acho que vai ser uma das  minhas sugestôes para o dia da mãe... 

05.03.21

Olha a lata...

soumaiseu

IMG_20210305_095536.jpg

(Foto minha)

Levanta-se uma pessoa às sete da manhã, depois de uma noite mal dormida, cheia de sono, vai para a cozinha preparar o pequeno-almoço da petiz que tem aulas às oito, aproveita e come também para ver se os olhos se abrem mais, volta ao quarto, percebe que nem ela nem a metade se lembraram de puxar a colcha para cima, e entretanto a "Bicheza real" cá de casa aproveitou para fazer uma "party" em cima do cobertor... Apanhei uma prevaricadora! E depois ainda se põe a olhar para nós assim com esta carinha de santa... É preciso ter lata! Tenho as marcas das patinhas na cama como prova! Terroristas! 

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