Sobre mim, sobre a Rita...
Olho para a minha filha e pergunto-me onde está aquela bebé enorme que eu trouxe na minha barriga (já vos disse que a minha petiz nasceu com 4.195 kg e 51 cm de comprimento?). Vejo-a crescer a passos largos, o corpo dela a crescer. Começa a deixar de ser uma menina, qualquer dia está uma mulher. Vejo-a marcar a sua posição e afirmar-se perante os outros, a minha filha não tem qualquer receio de se manifestar sobre o que quer que seja nem de dar a sua opinião ou mesmo de se intrometer se alguma coisa não lhe parece bem. Tem uma personalidade forte e decidida. Diz que tem um Ex como se já fosse uma profissional no assunto. De vez em quando vem pedir-me "mimos como os que tu me davas quando eu era bebé". E eu dou pois então. Mato saudades daqueles momentos, recordo o cheiro dela, o seu balbuciar, o seu olhar sereno e o seu sorriso maroto. Estranha forma de amar esta que nós, mães, temos, orgulho por os vermos crescer e terror por ver isso acontecer...