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Sou Mais Eu...

Sou Mais Eu...

26.02.08

Aloe, o falso milagroso...

soumaiseu

                            

 

Quem disse que o Aloe Vera não causa alergias não sabe o que diz! Deixem-me contar-vos o que me aconteceu.

Tenho a pele do rosto extremamente sensivel o que me causa alguns dissabores, principalmente no Inverno. É frequente eu acordar cheia de pequenas manchas vermelhas, muito redondinhas, que repuxam e descamam... este Inverno, porém, vai-se lá saber porquê, ando três vezes pior do que o habitual. As minhas manchas instalaram-se para ficar, e estão de dia para dia a ficar cada vez mais rebeldes... Experimentei o Creme Gordo Barral (muito gorduroso), o Bepanthene Ungento da Ritinha (idem, idem, aspas, aspas), comprei o Creme da Vichy - Nutrilogie 2, especifico para pele muito seca (nada de especial), até o Creme Nívea eu experimentei. O resultado era sempre o mesmo, melhorava ligeiramente, mas no dia seguinte tudo voltava ao mesmo. As minhas queridas manchas resistiam a qualquer coisa. Já em desespero, resolvi seguir o conselho da minha mãe e ir a uma lojinha de produtos naturais aqui em Moscavide. Aconselharam-me um gel de Aloe, 99.9% puro, que iria hidratar a pele e cicatrizar as minhas manchas que entretanto começaram a verter água... "Nunca cremes porque a sua pele é muito sensivel"... Bom, experimentar não custa!

Cheguei a casa, lavei a cara com o meu sabonete de bébé da Mustela e toca a pôr o creme. Primeiro senti um ardor... mas já dizia a minha avó "O que arde cura" e além disso a senhora da loja avisou-me que uma ligeira sensação de desconforto seria normal... O que ela não me disse foi até que ponto é que o "normal" se aplicava. Passados cerca de 10 minutos toda a minha cara ardia em calor e a minha mãe comentou "Bem, as manchas desapareceram, mas espero bem que não fiques com a cara assim!" Fui ver ao espelho: Efectivamente as manchas desapareceram, porque todas a minha cara se tinha transformado numa enorme mancha vermelha. Embora tivesse aplicado o Aloe apenas em cima das manchas, a alergia alastrou cerca de 2 centimetros em redor das mesmas, e eu parecia um bicho! Parecia que me tinha passado um ferro de engomar quente por cima do rosto... Furiosa, fui á loja fazer-me de parva: "Isto é normal?" - perguntei. "Ai, não! A senhora fez alergia ao Aloe... não ponha mais nada, lave a cara com água bem fria e vá ao dermatologista." Deu-me vontade de rir! Os 6 € que gastei não me foram devolvidos. Fiquei com um tubo de gel que não vou poder usar, a não ser pelo Carnaval se eventualmente me apetecer macarar de lagosta... e mandam-me ao dermatologista! A verdade é que ninguém me mandou ir á loja.... E o Aloe? Tão bom, tão bom e vai na volta também faz alergias! Hoje em dia tudo tem Aloe Vera, os iogurtes tem Aloe Vera, os bolos tem Aloe Vera, os pensos higiénicos tem Aloe Vera, a roupa tem Aloe Vera.... pergunto-me se será seguro. Se na pele a reacção foi esta, imagino o que poderá fazer dentro do nosso organismo... Como eu deve haver certamente por ai muito boa gente que é alérgica ao Aloe e se calhar nunca se percebeu disso... A máxima de que "não faço alergias a nada" não justifica porque também eu não faço alergias a nada e pelo vistos com o Aloe a coisa ja não é bem assim.

Bom, entretanto fui a uma farmácia para tentar resolver o meu duplo problema. A farmaceutica explicou-me que tenho uma pele reactiva e que preciso de um tratamento suave por um lado, e eficaz por outro. Sugeriu-me que mantivesse o uso do sabonete da Mustela e indicou-me um creme da Lutsine Immulia - Cuidado Reequilibrante. Hoje foi a terceira vez que o apliquei. E sabem que mais? A minha pele voltou ao normal, o abrasão provocado pelo Aloe desapareceu completamente, e as minhas manchas de estimação estão a secar. Fica a dica para quem tiver problemas de pele iguais ou semelhantes. E quanto ao Aloe... Não sei qual é a vossa opinião mas eu continuo a não acreditar em milagres!

23.02.08

Raios e Coriscos

soumaiseu

                                   

 

Lembras-te de quando a nossa avó nos contava histórias à lareira e no ar sério que punha quando nos falava dos Lobisomens e das Bruxas que ainda se podiam cruzar connosco em alguns sítios da aldeia? Éramos miúdas e morríamos de medo! Ouvíamos todas aquelas lengalengas tal como a nossa avó as tinha ouvido quando tinha nossa idade. E gostávamos! Ficávamos ali sentadas nos trapeços, a olhar ora para o lume, ora para o ar grave da nossa avó. Nenhuma de nós arredava pé... ao invés pedíamos que nos contasse ainda mais, e a noite avançava até nos rendermos ao cansaço e a avó dizer com um sorriso nos lábios "Ora, porra ! Já chega que estou cansada!" Não sei bem porquê mas tu acabavas sempre o serão muito encostadinha a mim... talvez tivesses frio! Percebemos desde muito cedo que aquelas histórias eram só mesmo isso: histórias. E passamos a brincar com elas... Sempre fomos muito diferentes uma da outra, as desavenças eram inevitáveis e num acto de raiva, iradas, lançávamos raios e coriscos e gritávamos "Bruxa! Bruxa! Bruxa!". E a alcunha foi ficando. Mais tarde, decidimos que não podíamos ser ambas Bruxas, tinha de haver uma diferença. Então decidimos que eu seria a Bruxa-Mor por ser a mais velha e tu a Bruxa-Aprendiz . Lembras-te? Que tolas que éramos ! O Mor e a Aprendiz acabaram por cair, enquanto crescíamos fomos percebendo que a distinção não era assim tão importante. O que interessava era darmo-nos bem uma com a outra, como irmãs. E ainda hoje é assim. Nos meus telemóveis há uma entrada na lista telefónica com o nome de Bruxa, e no teu também. Os nossos maridos conhecem este nosso "carinho", os teus filhotes também e até já brincam com a situação. Agora temos uma uma Bruxinha-Minorca que também irá de certeza fazer as suas gracinhas à custa das taras da mãe e da madrinha...  A verdade é que toda a gente sabe como nos tratamos carinhosamente! Não fazemos disso um segredo. Mas nem todos sabem o quanto me irritas com as tuas pancadas!

O quanto te agradeço por teres estado ao meu lado nas alturas mais  difíceis  da minha vida...

Por teres limpo as minhas lágrimas sempre que precisei.

E o quanto eu gosto de ti!

Obrigada por seres a minha Bruxa!

22.02.08

Loucura

soumaiseu

              

No meu canto escuro, perdida, olho em meu redor e choro! Sinto-as as paredes apertarem-se contra mim, dizem-me "só assim terás a redenção....". Do quê? Não sei do que falam! Não sei o que dizem! Não quero saber! Já não me lembro da cor do sol quando nasce, do cheiro do mar... Não me lembro da minha cara... Tudo estrá podre! Tudo está fétido!  Está tão escuro! Chamam-me louca! Mas que sabem vocês da minha loucura? Que sabem vocês da minha vida? Louca, eu? Como? Se quando me sento no chão encontro uma janela de onde consigo voar... lá em cima... onde tudo cheira a flores de laranjeira...e em baixo vejo toda a podridão da vossa cidade... Louca? Não quero saber! Não sei do que falam! Loucos são vocês! Todos são loucos! E as paredes a apertarem! Não quero! Grito para pararem! Não consigo respirar! Tento mais uma vez chegar à janela, quero voar, sair daqui! Lá longe o mundo é melhor, lá em cima não cheira a podre! NÃO! NAO! NÃO! Tenho o peito molhado de tanto chorar e a minha boca já sabe a sal! Deixem-me! Deixem chorar a louca! Grito que NÃO! Ninguém me ouve! Loucos são vocês! Eu quero é voar! E de repente tudo pára! A luz surge, um anjo vêm. Não tem asas e não é branco.... mas sei que é um anjo, porque quando ele vêm as paredes voltam ao seu lugar! A janela abre-se! E eu posso finalmente voar!

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